Em nota, entidade defende que as medidas preconizadas pelas autoridades sanitárias devem continuar sendo seguidas e recomenda a manutenção das terapias às doenças cardiovasculares
Com a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em caráter emergencial, das vacinas contra a Covid-19 (Coronavac e Oxford), produzidas pela Sinovac e AstraZeneca, em parceria com o Instituto Butantan e Fundação Oswaldo Cruz, respectivamente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) apoia o início da campanha de vacinação no Brasil.
Em nota, a entidade defende que mesmo diante deste importante avanço no combate à pandemia em âmbito nacional, as medidas de distanciamento social, uso de máscaras, higiene das mãos e outras preconizadas pelas autoridades sanitárias devem continuar sendo fielmente seguidas, inclusive após a imunização.
O aumento de casos diagnosticados, de internações hospitalares e de óbitos decorrentes da infecção provoca pelo SARS-CoV-2 no último mês, devido à flexibilização das medidas de distanciamento social durante o período eleitoral e nas festas de fim de ano, é um forte alerta ao cumprimento das recomendações das autoridades sanitárias.
A diretoria da SBC lembra que apesar do avanço da terapêutica da Covid-19, sobretudo nos cuidados intensivos, ainda não há tratamento capaz de inibir de forma eficiente e comprovada a replicação viral. Os fármacos usados para o “tratamento precoce” ainda não comprovaram eficácia, conforme atestou a Anvisa, em seu comunicado no último domingo.
Por isso, como ocorreu no pico anterior da pandemia, é necessário atentar-se paralelamente para o possível aumento de mortalidade por doenças cardiovasculares, sobretudo em domicílio.
A SBC recomenda que a manutenção das terapias para as enfermidades vinculadas ao coração deve ser perseguida com tenacidade e os cuidados cardiológicos precisam ser tratados com a mesma atenção da Covid-19, dada a sua relevância médica e riscos de comorbidades que podem impactar no tratamento da própria infecção pelo novo coronavírus.
Na nota, a entidade ainda afirma que as autoridades do Estado brasileiro (Executivo, Legislativo e Judiciário), nos três níveis federativos (federal, estaduais e municipais), devem atuar em harmonia, em obediência à Constituição Federal e às leis, para assegurar o direito à saúde de forma ampla, fortalecendo o Sistema Único de Saúde (SUS).
Em sintonia com sua tradição, a SBC informa que continuará atuando, em parceria com as demais entidades médicas, sobretudo a Associação Médica Brasileira, na defesa dos interesses dos brasileiros e da prática da medicina com base no melhor da ciência.